domingo, março 30

Alemão na Barra

Foi o tempo que para comer o croquete de carne ou o sanduíche de lingüiça da Casa do Alemão era preciso pegar a estrada para a serra. Foi inaugurada no final do ano passado uma filial na Barra, ali pertinho do colégio Anglo-Americano. É a sétima casa. A primeira foi inaugurada em 1945 na entrada de Petrópolis, próximo ao Quitandinha. Mais tradicional impossível!

A da Barra é bem simpática. No primeiro andar há um balcão comprido que acompanha quase todo o salão e no fundo uma lojinha com guloseimas, como biscoitos e embutidos. No mezanino, mais algumas mesas e paredes repletas de posters com a temática alemã.

O cardápio é o mesmo das outras casas. Sanduíches de frios e embutidos e porções para beliscar. O chope é Brahma. A casa oferece opções de combinados, como o sanduíche de linguiça, croquete (carne ou frango) e refrigerante por R$ 9,60. Pode acrescentar queijo prato por mais R$ 1,20. Para sobremesa, mil folhas de creme (R$ 3,20).

Ainda acho o croquete da Pavelka (também na entrada de Petrópolis) melhor, mas já dá para matar a vontade.

Serviço:
Casa do Alemão
Avenida das Américas, 1699 - Barra
Tel: 2499-4657
Avenida Ayrton Senna ,927 - Quitandinha - Petrópolis
Tel: (24) 2242-3442

quarta-feira, março 26

Tradição Centenária

1887. Dom Pedro II era o Imperador do Brasil e o Rio a capital do Império. Foi nesse cenário que foi fundado o Bar Luiz. Naquela época chamava-se "Zum Schlauch". Nesses mais de 120 anos, mudou três vezes de nome (virou Bar Luiz durante a Segunda Guerra) e duas de endereço, a última foi em 1927 quando foi a rua da Carioca.

Muita gente interessante passou por lá, como o cronista João do Rio, o escritor Olavo Bilac e o músico Ary Barroso, que teria salvo a casa de um apedrejamento na época da Segunda Guerra. É que o bar chamava Adolf e estudantes acharam que era uma referência ao ditador alemão. O músico, que estava tomando um chope, explicou que tratava-se do nome de um dos donos da casa. Na época outros estabelecimentos também trocaram de nome, como o Bar Berlim que virou Bar Lagoa.

Ao entrar no Bar Luiz se tem a impressão de voltar no tempo. O salão, todo em art déco, é comprido e repleto de mesas brancas com cadeiras de madeira pretas. Nas paredes, fotos da trajetória do bar e do Rio Antigo.

Apesar de todo mundo achar que é um bar alemão, a casa foi fundada pelo brasileiro Jacob Wendling, filho de suíços e natural de Petrópolis. Ao longo de sua existência e com a troca de proprietários, foram acrescentados pratos típicos alemães ao cardápio da casa. Hoje, a salada de batatas de lá é uma das mais famosas da cidade.

Quando estive lá, pedi um salsichão branco para beliscar e um filé mignon à francesa. Para sobremesa, apfelstrudel com creme. Tudo honesto e gostoso, e acompanhado do tradicional chope, que é Brahma.

No final do ano passado foi aberta uma filial do bar no alto do Morro da Urca. Oferece os tradicionais pratos servidos na matriz e outros exclusivos, como feijoada especial aos sábados e moqueca de peixe com camarão, cozido e bobó de camarão aos domingos.

Serviço:
Bar Luiz
Rua da Carioca, 39 – Centro
Tel: 2262-6900

domingo, março 16

Café du Lage

A localização do Café du Lage não podia ser mais agradável: dentro da suntuosa Escola de Artes Visuais do Parque Lage, aos pés do morro do Corcovado. Há algumas mesas com ombrelones no pátio interno e outras no corredor. Não há uniformidade, o que dá um certo charme ao local. As esteiras de palha com almofadões que ficavam espalhadas pelo chão foram substituídas por pequenas cadeiras de madeiras, mesas quadradinhas com tampo de mármore, sofás e mesas de centro que servem de apoio.

O cardápio oferece sanduíches, com pães caseiros, quiches, saladas, sopas, tortas e outras delícias. Nos finais de semana (fui num sábado), é servido um café-da-manhã com suco (laranja ou abacaxi), café ou chocolate, cestinha de pães artesanais, manteiga, ricota temperada (deliciosa!), frutas frescas (uma fatia de mamão e outra de melancia), queijo minas, geléia caseira (no dia era de abóbora) e um quadradinho de bolo caseiro (um pouquinho seco). Custa R$ 17, mas se você acrescentar um mini misto quente e um iogurte servido com granola e mel, sobe para R$ 21.

Há um ponto desfavorável: em tempos que quase tudo é feito via cartão (débito ou crédito), só aceitam cheque ou dinheiro. Portanto, vá preparado!

Serviço:
Café du Lage
Rua Jardim Botânico, 414 – Parque Lage – Jardim Botânico
2226-8125