segunda-feira, outubro 30

Almoço na sogra

Domingo é dia de feira na Urca. E após comprar minhas frutas, fui almoçar na casa da minha sogra. Ela cozinha muito bem, o que, normalmente, é um problema. Sempre quero arrumar um espacinho a mais no meu estômago para provar ou repetir alguma delícia.

Voltando ao almoço, o menu do dia foi tipicamente europeu. De entrada, salmão defumado com cebola e ovos cozidos picados. Assim, no seco mesmo, uma coisa por cima da outra. Num primeiro momento pode soar estranho, como aconteceu comigo, mas a combinação é realmente interessante. O ovo quebra um pouco do salgado do salmão e a cebola dá um gostinho de tempero.

O prato principal foi rosbife com batata rostie e aspargos frescos ao molho holandês (com manteiga, gema de ovo e limão). Aproveitei enquanto ela preparava o almoço para ver como se fazia a batata rostie. Muito fácil. Rale quatro batatas grandes ligeiramente cozidas. Refogue duas colheres de sopa de cebola e duas de bacon picados em uma colher de sopa rasa de manteiga. Junte à batata e acrescente um ovo levemente batido, misture bem e leve tudo para a frigideira, de preferência uma daquelas fechadas, para poder virar e fritar os dois lados sem problemas.

Eram duas as opções de sobremesa: lichia e Mont Blanc, preparado com creme de castanha (doce pastoso e maravilhoso), coberto por um creme azedo. Pode ser substituído por creme de leite fresco um pouco batido, para ganhar uma concistência cremosa, mais firme. Aqui também o contraste dos sabores torna o resultado final perfeito.

segunda-feira, outubro 23

Na terra da garoa

Fui a São Paulo no último final de semana. Diante de tantas opções de restaurantes, fico até meio perdida e acabo tentando matar a saudade do tempo em que eu morava por lá.

No Itaim, há um café pequeno e super charmoso que eu gosto de ir. O Lambretta (foto) tem um salão comprido, com a parede ao fundo toda de madeira e uns espelhos grandes e redondos. Na primeira parte do espaço, há um balcão com uma vitrine onde os cozinheiros preparam saladas, sanduíches, pizzas e pães recheados, que são aquecidos em um grande forno redondo revestido com cobre. Do lado esquerdo, lanternas de lambretas iluminam um outro balcão onde bancos altos com assentos imitando os da motocicleta justificam o nome da casa.

Há uma oferta razoável de bebidas quentes, como o Capuccino Lambretta, com chocolate derretido e chantilly. Dessa vez, pedi um capuccino tradicional e um pão recheado com funghi.

Como o almoço de domingo coincidiu com o GP Brasil de F1, optamos (eu e um casal de amigos) pelo America, que tem uma daquelas TVs de plasma que proliferaram na época da Copa do Mundo. Não tem nada de mais, é uma rede de restaurantes com vários endereços pela cidade.

O cardápio é bem variado, com massas, grelhados, vários e gostosos hambúrgueres e um bufê de saladas variado e muito bem cuidado. Foi a minha opção. Havia aspargos verdes com molho de shoyo e gengibre, rolinhos de peito de peru com chutney, fundos de alcachofra, rosbife, uma variação da salada fatouche com molho de romãs, palmitos macios, finíssimas fatias de onion rings, quiches de tomate seco e peru, entre outras coisinhas. Para sobremesa, frozen yogurt natural com calda de chocolate. Leve e com o delicioso contraste do azedo com o doce. É uma pena que ainda não encontrei isso no Rio...

Serviço:
Lambretta
Rua Renato Paes de Barros, 477 - São Paulo
(11) 3071-1817

America
Alameda Santos, 957 - São Paulo
(11) 3283-4424

quarta-feira, outubro 18

Nova Capela

Passei algumas horas pensando sobre qual restaurante dos últimos dias eu iria escrever neste blog que ‘inauguro’ hoje. Resolvi começar pelo Nova Capela, onde fui com o meu pai no último sábado.

Para quem não conhece, ele fica na Lapa, reduto da velha boemia e da malandragem, que ressurgiu há poucos anos, depois de uma repaginada, como ponto de ebulição da noite carioca.

O restaurante foi fundado no começo do século passado, em outro endereço, próximo ao Largo da Lapa. O local é simples, com paredes de azulejo branco e toalhas de plástico sobre as mesas, que são próximas umas das outras. À noite, a casa ferve. Certa vez, por volta das duas da manhã, parei por lá após balançar o esqueleto no Rio Scenarium até a madrugada. Eram pouquíssimas as mesas vazias.

Para começar os trabalhos pedimos um bolinho de bacalhau, fresquinho, com casquinha crocante e macio por dentro. Bom, mas já comi melhores. O do Alfaia (em Copacabana) por exemplo, é excelente. Isso sem contar o Adegão... Mas, dos portugueses falo outro dia. Voltando ao Nova Capela, pedimos o tradicional cordeiro assado, tostadinho e delicioso, com arroz de brócolis (também tem a versão cabrito). O prato era para dois, mas podia ser para três, dependendo da fome. O alho torrado em cima do arroz estava sensacional. Para acompanhar, claro, um chope.

Serviço:
Nova Capela
Av. Mem de Sá, 96 - Centro
2252-6228