quarta-feira, dezembro 13

Jogo rápido

Está na Barra e procura uma refeição agradável, acessível e com um toque especial? O Wasabi é uma ótima pedida. É um dos poucos restaurantes do Barra Point, aquele shopping que fica no comecinho do bairro e que dispõe de duas salas de cinema do grupo Estação. Com apenas três anos de funcionamento, fez obras na loja ao lado e deve expandir a área ainda neste mês.

O branco espalhado por todo o ambinete é quebrado pelas almofadas coloridas espalhadas pelos sofás e encostos. O espaço é muito agradável, com janelões para a Lagoa de Marapendi.

O cardápio é uma mix das culinárias japonesa e contemporânea. No almoço é montado um quilo saborosíssimo, com pratos diferenciados, como atum 'selado' com gergelim e ponzu, lulas empanadas com molho de teriaki, medalhão de chester com molho de laranja, risoto de funghi, frango empanado com chutney de manga, filé mignon com molho de mostarda e papoula, além de sushis e sashimis bem-feitos. À noite, rodízio japonês.


Para sobremesa (sempre!), choko-maki, uma espécie de rolinho primavera recheado com chocolate. Delicioso!

Serviço:

Wasabi
Shopping Barra Point
Av. Armando Lombardi, 350 - Loja 316/317
2491-2920

sábado, novembro 25

Pasta & Vino

Fui almoçar outro dia no Pasta & Vino, em São Paulo. É um simpático restaurante italiano com ambiente aconchegante e que fica aberto 24h.


Começou a funcionar em 1984, na rua da Consolação. O negócio cresceu e, em 1992, mudaram para a Barão de Capanema, onde está até hoje. Uma curiosidade: a casa só passou a trabalhar 24h depois que foram furtados a noite e os proprietários tiveram que ficar com as portas abertas enquanto os reparos eram feitos. O sucesso foi tanto que estão abertos até hoje!

O couvert é simpático, mas não tem nada de especial: pão italiano, manteiga, pasta de ricota temperada e a tradicional sardela, feita com anchovas e pimentão.

Para prato principal, uma das sugestões da casa é a strappati, folhas de lasanhas rasgadas servido com manteiga, manjericão e parmesão. Correto, mas sem grandes surpresas. O atendimento é bom e os pratos podem ser servidos em meia porção ou porção inteira, dependendo da sua fome.

A casa é ponto de encontro de artistas e cantores que procuram o local após seus espetáculos, ou baladeiros de plantão.

Serviço:
Pasta & Vino
R. Barão de Capanema, 206 - São Paulo
(11) 3062-7542

domingo, novembro 19

Instituição paulistana

Mesmo com a inauguração de casas como a Capricciosa e a Fiametta no Rio, sinto muita saudade das pizzas de São Paulo. Sim, a oferta de ótimas pizzas ainda é melhor na terra da garoa. Hoje, o produto é patrimônio da cidade e uma das maiores paixões do paulistano.

E quando o assunto é pizza, minha primeira opção é a Bráz. A casa é decorada com azulejos e piso de ladrilhos clássicos. As paredes são repletas de prateleiras que abrigam o estoque da casa – réstias de cebola e alho, vidros de azeitonas, conservas, lingüiças calabresas e bebidas que não necessitam de refrigeração, além de fotos relacionadas ao prato principal da casa.

De entrada, a corniccione Bráz, uma massa de pizza assada coberta com azeite, sal grosso e alecrim e pão de calabresa, preparado com uma lingüiça artesanal ou o tradicional pão de calabresa. Tudo assado no forno à lenha. Tem ainda a burrata, um queijo italiano entre a mussarela de búfala e a manteiga. Gordo, mas delicioso!

É difícil escolher que sabor escolher entre os cerca de 26 disponíveis. A que leva o nome da casa é sensacional. São fatias de abobrinha assadas no óleo de oliva, cobertas com mussarela de búfala picada e queijo parmesão ralado. Outras boas opções são a Basílica, com mussarela de búfala, pesto de rúcula e tomate cereja, a Caprina, com queijo de cabra e perfumada com folhas frescas de sálvia, e a Toscana, com mussarela coberta com lingüiça de javali e alecrim.

Para acompanhar, nada melhor que o chopp. É tirado utilizando a mesma técnica que tornou famoso o chopp do Original, famoso bar de São Paulo dos mesmos donos. Bem gelado, com colarinho alto e cremoso.

Uma ótima notícia: a Bráz anunciou para janeiro a inauguração de mais uma filial, só que no Jardim Botânico, aqui no Rio.

Serviço:
Bráz
Rua Sergipe, 406 - São Paulo
(11) 3231-1554
+ endereços

quinta-feira, novembro 2

Tradicionalíssimo!

Nesse feriado sem sol no Rio, fui almoçar com meu pai num restaurante que tem ali no final do Leme: o La Fiorentina. Aberto em 1957, é tradicionalmente conhecido por ser ponto de encontro de atores e cantores. A casa frequentemente oferece permuta em peças teatrais que estão em cartaz na cidade.

O salão é amplo com várias fotos em preto e branco de artistas e cantores espalhadas pelas paredes. As poucas que estão vazias e as colunas estão repletas de assinaturas dos famosos que apareceram por lá.

Todos os pratos são batizados com nomes de personalidades do teatro, cinema, televisão e até jornalistas. No cardápio, que imita um jornal, predominam as massas, como o spaghetti com camarões que leva o nome do colunista d’O Globo, Ancelmo Gois. Sempre delicioso! O penne all’arrabiata Ana Paula Arósio também é muito bom. Picante na medida.

Somente um prato não incorporou o nome de ninguém: o penne alla putanesca, que a casa sugere como ‘livre imaginação’.

Também são boas sugestões o carpaccio de carne, vem com folhas de rúcula, alcaparras e parmesão ralado, e o steak au poivre, com pimentas verdes, arroz ou batatas coradas.

A mousse de chocolate com nozes e whisky é uma boa sugestão de sobremesa.

Serviço:
La Fiorentina
Av. Atlântica, 458 A - Leme
2543-8395

segunda-feira, outubro 30

Almoço na sogra

Domingo é dia de feira na Urca. E após comprar minhas frutas, fui almoçar na casa da minha sogra. Ela cozinha muito bem, o que, normalmente, é um problema. Sempre quero arrumar um espacinho a mais no meu estômago para provar ou repetir alguma delícia.

Voltando ao almoço, o menu do dia foi tipicamente europeu. De entrada, salmão defumado com cebola e ovos cozidos picados. Assim, no seco mesmo, uma coisa por cima da outra. Num primeiro momento pode soar estranho, como aconteceu comigo, mas a combinação é realmente interessante. O ovo quebra um pouco do salgado do salmão e a cebola dá um gostinho de tempero.

O prato principal foi rosbife com batata rostie e aspargos frescos ao molho holandês (com manteiga, gema de ovo e limão). Aproveitei enquanto ela preparava o almoço para ver como se fazia a batata rostie. Muito fácil. Rale quatro batatas grandes ligeiramente cozidas. Refogue duas colheres de sopa de cebola e duas de bacon picados em uma colher de sopa rasa de manteiga. Junte à batata e acrescente um ovo levemente batido, misture bem e leve tudo para a frigideira, de preferência uma daquelas fechadas, para poder virar e fritar os dois lados sem problemas.

Eram duas as opções de sobremesa: lichia e Mont Blanc, preparado com creme de castanha (doce pastoso e maravilhoso), coberto por um creme azedo. Pode ser substituído por creme de leite fresco um pouco batido, para ganhar uma concistência cremosa, mais firme. Aqui também o contraste dos sabores torna o resultado final perfeito.

segunda-feira, outubro 23

Na terra da garoa

Fui a São Paulo no último final de semana. Diante de tantas opções de restaurantes, fico até meio perdida e acabo tentando matar a saudade do tempo em que eu morava por lá.

No Itaim, há um café pequeno e super charmoso que eu gosto de ir. O Lambretta (foto) tem um salão comprido, com a parede ao fundo toda de madeira e uns espelhos grandes e redondos. Na primeira parte do espaço, há um balcão com uma vitrine onde os cozinheiros preparam saladas, sanduíches, pizzas e pães recheados, que são aquecidos em um grande forno redondo revestido com cobre. Do lado esquerdo, lanternas de lambretas iluminam um outro balcão onde bancos altos com assentos imitando os da motocicleta justificam o nome da casa.

Há uma oferta razoável de bebidas quentes, como o Capuccino Lambretta, com chocolate derretido e chantilly. Dessa vez, pedi um capuccino tradicional e um pão recheado com funghi.

Como o almoço de domingo coincidiu com o GP Brasil de F1, optamos (eu e um casal de amigos) pelo America, que tem uma daquelas TVs de plasma que proliferaram na época da Copa do Mundo. Não tem nada de mais, é uma rede de restaurantes com vários endereços pela cidade.

O cardápio é bem variado, com massas, grelhados, vários e gostosos hambúrgueres e um bufê de saladas variado e muito bem cuidado. Foi a minha opção. Havia aspargos verdes com molho de shoyo e gengibre, rolinhos de peito de peru com chutney, fundos de alcachofra, rosbife, uma variação da salada fatouche com molho de romãs, palmitos macios, finíssimas fatias de onion rings, quiches de tomate seco e peru, entre outras coisinhas. Para sobremesa, frozen yogurt natural com calda de chocolate. Leve e com o delicioso contraste do azedo com o doce. É uma pena que ainda não encontrei isso no Rio...

Serviço:
Lambretta
Rua Renato Paes de Barros, 477 - São Paulo
(11) 3071-1817

America
Alameda Santos, 957 - São Paulo
(11) 3283-4424

quarta-feira, outubro 18

Nova Capela

Passei algumas horas pensando sobre qual restaurante dos últimos dias eu iria escrever neste blog que ‘inauguro’ hoje. Resolvi começar pelo Nova Capela, onde fui com o meu pai no último sábado.

Para quem não conhece, ele fica na Lapa, reduto da velha boemia e da malandragem, que ressurgiu há poucos anos, depois de uma repaginada, como ponto de ebulição da noite carioca.

O restaurante foi fundado no começo do século passado, em outro endereço, próximo ao Largo da Lapa. O local é simples, com paredes de azulejo branco e toalhas de plástico sobre as mesas, que são próximas umas das outras. À noite, a casa ferve. Certa vez, por volta das duas da manhã, parei por lá após balançar o esqueleto no Rio Scenarium até a madrugada. Eram pouquíssimas as mesas vazias.

Para começar os trabalhos pedimos um bolinho de bacalhau, fresquinho, com casquinha crocante e macio por dentro. Bom, mas já comi melhores. O do Alfaia (em Copacabana) por exemplo, é excelente. Isso sem contar o Adegão... Mas, dos portugueses falo outro dia. Voltando ao Nova Capela, pedimos o tradicional cordeiro assado, tostadinho e delicioso, com arroz de brócolis (também tem a versão cabrito). O prato era para dois, mas podia ser para três, dependendo da fome. O alho torrado em cima do arroz estava sensacional. Para acompanhar, claro, um chope.

Serviço:
Nova Capela
Av. Mem de Sá, 96 - Centro
2252-6228